Minha Sombra
De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco
começam a me arremedar.
E quando eu saio
a minha sombra vai comigo
fazendo o que eu faço
seguindo os meus passos.
Depois é meio-dia.
E a minha sombra fica do tamaninho
de quando eu era menino.
Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
brinca de pernas de pau.
Minha sombra, eu só queria
ter o humor que você tem,
ter a sua meninice,
ser igualzinho a você.
E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
como eu fazia em criança:
Minha sombra
você põe a sua mão
por baixo da minha mão,
vai cobrindo o rascunho dos meus poemas
sem saber ler e escrever.
LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed.
Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958.
De acordo com o texto, a sombra imita o menino
(A) de manhã.
(B) ao meio-dia.
(C) à tardinha.
(D) à noite.
Oi Márcia, amei o seu blog, esta de parabéns.
ResponderExcluirFelicidades..
Professora Tina Purcena (Itarumã Gioás)